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Como fazer uma apresentação de resultados com Data Storytelling

4 de novembro de 2025
Por: Marcus Siqueira
Profissional apresentando gráficos, dados e tabelas em um slide, representando o uso de storytelling com dados em apresentações corporativas.

Quem nunca apresentou números importantes e percebeu que a atenção do público se perdeu em meio a gráficos e tabelas?

Em um mundo repleto de dados, o desafio não é mais coletar informações, mas transformá-las em significado.

É aí que entra o Data Storytelling.

O que é Data Storytelling

Data Storytelling é a prática de transformar dados em narrativas envolventes que ajudam a informar, esclarecer e inspirar uma audiência.

Ao unir análise, narrativa e recursos visuais como gráficos e infográficos, essa abordagem torna informações complexas mais acessíveis, relevantes e fáceis de lembrar, traduzindo evidências em significado e apoiando decisões baseadas em dados, e não apenas em intuição.

Em outras palavras, é a arte de dar sentido aos números, tornando-os compreensíveis, memoráveis e cheios de propósito. Mais do que mostrar resultados, trata-se de contar a história por trás deles.

Em vez de apenas exibir gráficos, o Data Storytelling conduz o público por uma jornada lógica de contexto, conflito e conclusão, conectando fatos, causas e insights de forma clara e envolvente.

Componentes do Data Storytelling

Todo bom Data Storytelling é construído a partir de três elementos principais que se complementam.

  • Narrativa: cria a história em torno dos dados, oferecendo contexto, lógica e significado.
  • Dados: sustentam a história com fatos concretos, validando os argumentos e garantindo credibilidade.
  • Visualizações: utiliza gráficos, mapas e outras ferramentas visuais para tornar a informação clara e impactante.

Quando esses três componentes trabalham em conjunto, a informação deixa de ser apenas técnica e passa a ser comunicativa e estratégica, conectando raciocínio e emoção.

Data Storytelling na prática

Imagine uma reunião trimestral de performance. Em vez de abrir com uma sequência de gráficos, o apresentador começa contextualizando: “Nos últimos três meses, intensificamos as campanhas digitais para recuperar o volume de vendas perdido no início do ano.”

Em seguida, ele mostra o conflito: “Apesar do aumento de 40% nas visitas ao site, a taxa de conversão caiu, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.”

Por fim, vem a conclusão: “Ao cruzar os dados de navegação com os relatórios de logística, percebemos que o prazo de entrega nessas regiões era o dobro das demais. Com esse ajuste, as conversões voltaram a subir já no mês seguinte.”

Ao apresentar o contexto antes dos números, o apresentador transforma dados isolados em uma história coerente, que explica causas, consequências e ações. É exatamente isso que o público precisa para entender o que os dados realmente significam.

Leia também: Planejamento de apresentações estratégicas: guia prático

Depois de entender como o Data Storytelling funciona na prática, vale olhar para os motivos que tornam essa abordagem tão poderosa, especialmente quando o objetivo é comunicar resultados.

Por que usar Data Storytelling em apresentações de resultados

Mas afinal, por que o Data Storytelling faz tanta diferença na maneira como apresentamos informações e insights?

  • Humanização da informação: conecta dados estáticos a experiências reais, tornando-os mais próximos e compreensíveis.
  • Aumento do engajamento: histórias despertam curiosidade e mantêm a atenção da audiência, enquanto gráficos isolados rapidamente se tornam invisíveis.
  • Melhoria da compreensão: a narrativa mostra relações de causa e efeito, ajudando o público a entender por que algo aconteceu, e não apenas o que aconteceu.
  • Maior retenção: histórias são lembradas com mais facilidade do que estatísticas isoladas, fixando a mensagem principal.
  • Facilitação das decisões: ao apresentar dados de forma clara e conectada, o Data Storytelling reduz ambiguidade e orienta decisões mais assertivas.

Como estruturar sua apresentação com Data Storytelling

1. Comece pelo propósito

Antes de pensar em gráficos, pergunte-se: qual é a mensagem principal que o público precisa levar?

Toda boa história começa com um propósito. Nas apresentações de resultados, esse propósito deve responder a perguntas como: por que esses números importam?, o que eles revelam sobre o desempenho da empresa?, quais decisões precisam ser tomadas a partir deles?

Essa reflexão é o que separa uma apresentação estratégica de um simples relatório de dados.

2. Escolha os dados que sustentam a história

Nem tudo o que está no relatório precisa estar na apresentação.

Selecione apenas os dados que comprovam a mensagem principal e elimine o restante.

Agrupe os indicadores em torno de uma ideia central: crescimento, eficiência, engajamento ou satisfação. Escolha o que for mais relevante para o objetivo.

Essa curadoria é essencial para manter o público focado no que realmente importa.

3. Encontre a narrativa por trás dos números

Toda métrica tem uma história escondida. O crescimento de uma linha de produto pode ser resultado de uma campanha bem executada, de uma mudança de canal ou de um novo comportamento do consumidor.

Seu papel é conectar esses pontos e transformar dados em causa e consequência.

Pense na estrutura de uma narrativa clássica: contexto, conflito e conclusão.

  • Contexto: o cenário inicial (metas, desafios, período analisado)
  • Conflito: as variações, quedas ou oportunidades identificadas
  • Conclusão: o que aprendemos e o que precisa ser feito

Esse formato ajuda a guiar o raciocínio do público, em vez de apenas despejar dados sem direção.

4. Mostre, não apenas diga

Um bom gráfico é aquele que conta uma história em segundos. Prefira visualizações simples e consistentes, que facilitem a leitura e reforcem a mensagem principal.

Evite sobrecarga de informação, múltiplas escalas e legendas excessivas.

5. Dê ritmo à apresentação

Apresentações de resultados costumam ser densas. Intercale momentos de detalhe e síntese: um slide com dados principais seguido de um com insights, aprendizados ou próximos passos.

Essa alternância mantém o público engajado e reforça o raciocínio.

6. Feche com uma conclusão que inspire ação

A apresentação não termina no último número.

Ela deve deixar claro o que os dados significam para o negócio e qual é a ação esperada a partir deles.

Aqui, vale conferir o artigo Quando o fim é o começo: o impacto de um bom call to action, que mostra como encerrar uma apresentação com propósito e direcionar o público para a ação certa.


Conclusão

O Data Storytelling é mais do que uma técnica de comunicação: é uma ferramenta de tomada de decisão.

Quando bem aplicado, ele transforma gráficos em mensagens, indicadores em argumentos e resultados em aprendizado coletivo.

Lembre-se: não é sobre mostrar tudo o que você mediu, mas sobre destacar o que realmente importa.

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