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Como criar vídeos para treinamentos corporativos

26 de outubro de 2025
Por: Marcus Siqueira
Ilustração de profissional criando um vídeo em seu notebook, com ícones de câmera e linha do tempo de edição, representando a produção de vídeos para treinamentos corporativos.

Os vídeos são hoje um dos formatos mais eficazes para engajar colaboradores e transmitir conhecimento de forma clara e acessível. Em treinamentos corporativos, eles podem explicar processos, reforçar valores, apresentar boas práticas e apoiar a aprendizagem contínua de forma dinâmica.

Mas criar um bom vídeo para treinamento interno vai muito além de colocar alguém falando diante da câmera. Exige planejamento, propósito e uma narrativa bem construída.

Neste artigo, você vai entender como transformar conteúdos técnicos e comportamentais em vídeos envolventes e eficientes.

1. Comece pelo objetivo do treinamento

Antes de pensar no roteiro ou no formato visual, é essencial definir o objetivo do vídeo.

Pergunte-se: o que o colaborador deve saber, sentir ou fazer após assistir?

Essa clareza direciona todo o processo, do tom da narração ao estilo das cenas, e garante que o vídeo cumpra seu papel dentro da estratégia de educação corporativa.

Leia também: Educação corporativa: como desenvolver uma cultura de aprendizagem contínua

2. Escolha o formato certo para o conteúdo

Nem todo tema precisa do mesmo tipo de vídeo.

Os principais formatos usados em treinamentos internos são:

  • Whiteboard animation: ideal para explicar conceitos complexos de forma leve e didática.
  • Motion graphics: perfeito para sintetizar informações com impacto visual.
  • Vídeos com apresentador: funcionam bem quando há uma figura institucional ou especialista transmitindo credibilidade.
  • Vídeos de cenário real: úteis para mostrar processos, instalações ou práticas do dia a dia.

A escolha deve considerar tanto o perfil do público quanto o tipo de conteúdo, seja técnico, comportamental ou institucional.

3. Estruture um roteiro didático e fácil de acompanhar

O roteiro é o coração do vídeo. É nele que a informação ganha forma, ritmo e propósito, transformando conhecimento em aprendizado real.

Use técnicas de storytelling para construir uma narrativa com começo, meio e fim, sempre guiada por uma mensagem central bem definida. Explique o porquê de cada conceito antes do como, e mantenha o foco na aplicação prática.

Uma boa forma de começar é dividir o conteúdo em blocos lógicos — introdução, desenvolvimento e fechamento — e definir qual mensagem cada parte precisa transmitir. Assim, o vídeo ganha coerência e fica mais fácil de acompanhar.

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4. Use o design a favor da aprendizagem

Um bom vídeo de treinamento não se apoia apenas em belas imagens. Ele organiza visualmente o conteúdo para facilitar o entendimento.

Use cores, tipografia, ícones e animações de forma coerente, reforçando os conceitos principais e conduzindo o olhar do espectador.

Pense no design como uma ferramenta pedagógica: use cores para sinalizar etapas, ícones para representar ações e transições suaves para conectar ideias.

Evite excesso de movimento e efeitos visuais. O ritmo deve servir ao aprendizado, não distrair dele.

5. Escolha as ferramentas certas para produção

As ferramentas de animação e edição são fundamentais para dar vida a um roteiro, mas o diferencial está em como elas são utilizadas.

Softwares profissionais como Adobe After Effects e Premiere Pro permitem desenvolver vídeos didáticos com fluidez, consistência visual e total personalização.

Já soluções mais automatizadas, como Vyond ou Doodly, oferecem agilidade, mas com recursos visuais limitados e aparência padronizada.

Mais importante do que a ferramenta é o processo criativo: quando roteiro, ritmo e linguagem visual trabalham juntos, o vídeo deixa de ser apenas informativo e passa a ensinar de forma envolvente.

6. Defina a duração

A duração é um dos fatores que mais influenciam o engajamento e a absorção do conteúdo. Vídeos muito longos tendem a dispersar o público; os muito curtos, por outro lado, podem não aprofundar o tema o suficiente.

De forma geral, vídeos de até 3 minutos funcionam bem para mensagens rápidas, comunicados e reforços de cultura. Para treinamentos técnicos ou comportamentais, o ideal é manter cada módulo entre 3 e 6 minutos, dividindo o conteúdo em partes independentes que podem ser assistidas em sequência.

Essa segmentação ajuda a manter a atenção, facilita o acesso em diferentes momentos e torna o aprendizado mais flexível, especialmente em e-learnings ou plataformas corporativas.

Dica: se o roteiro ultrapassar o tempo ideal, divida o conteúdo em capítulos curtos. Cada vídeo deve abordar um único objetivo de aprendizagem, evitando sobrecarga cognitiva e repetição de informações.

7. Capriche na locução e no ritmo

A voz e o ritmo da edição influenciam diretamente no engajamento. Prefira locuções naturais e dinâmicas, evitando a leitura monótona de textos longos e o uso de uma cadência artificial.

Nos vídeos mais longos, variações de ritmo e pausas estratégicas ajudam a manter a atenção do público, reforçando os pontos principais e dando tempo para assimilar o conteúdo.

💡 Em média, uma locução natural cobre de 120 a 150 palavras por minuto. Ou seja, um vídeo de 2 minutos costuma ter até 300 palavras de narração.

Dica: antes da gravação ou animação, confira se o texto e o tempo de fala cabem confortavelmente na duração prevista. Isso evita cortes apressados e garante fluidez.

8. Pense na integração com outros formatos

Os vídeos funcionam ainda melhor quando fazem parte de um e-learning ou trilha de aprendizagem, acompanhados de quizzes, infográficos interativos e materiais de apoio.

Assim, o conteúdo se torna mais participativo e estimula a retenção do aprendizado.

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9. Avalie o impacto e atualize sempre

Um bom vídeo não termina na entrega.

Acompanhe os indicadores de engajamento e aprendizado: taxa de visualização, feedback dos colaboradores e resultados práticos.

Com base nesses dados, atualize os vídeos sempre que houver mudanças de processo ou estratégia. Pequenas revisões periódicas ajudam a manter o conteúdo relevante e evitam que mensagens importantes fiquem desatualizadas.

Além disso, criar uma rotina de análise pós-lançamento permite identificar quais formatos e abordagens geram mais aprendizado, e usar esses insights na produção dos próximos treinamentos.

Leia: Como avaliar a eficácia de um treinamento corporativo


Conclusão

Criar vídeos para treinamentos internos é unir comunicação, design e educação em uma experiência que transforma o aprendizado em prática.

Quando bem planejados, esses vídeos ajudam a engajar equipes, reforçar a cultura e multiplicar o conhecimento dentro da empresa.


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